Coronel Soares de Moura, natural de Lousada, onde nasceu em 1923. Fez os seus estudos em Lousada, Penafiel, Porto e Lisboa onde frequentou a Escola do Exército e cursou Aeronáutica para onde entrou com 20 anos, agora é Coronel reformado. Fez diversas traduções de livros técnicos, colaborou em jornais e revistas militares.
Se a sua ascendência materna, toda ela uma estirpe de brilhantes militares e marinheiros, o levou à profissão das armas, foi, sem duvida, a progénie paterna que o fez regressar às origens e agarrar-se às ocupações tradicionais dos avoengos: a agricultura e livros.
Escreveu um romance intitulado “Segundo Aviso” em 1994 baseado em “acontecimentos, sentimentos e ressentimentos” da guerra.
Como o próprio afirma “não podemos ser extremistas, isso fundamentalista sei eu que não sou”, sem fundamentalismos mas com convicções, Soares de Moura é determinado, dono de um carisma e força interior inigualáveis.
Mostra um grande apego às suas raízes, à sua casa “nunca pensei desligar-me desta casa”, da qual fala com um brilho nos olhos. Apesar de não ter ficado com stress pós-traumático e como o próprio diz “são imagens que não esquecemos”, em momento algum se arrependeu de se ter voluntariado para ir para o Ultramar. É uma pessoa tranquila e com coração, dedicou parte da sua vida às Forças Armadas de quem fala com orgulho. Amabilidade simplicidade e sensatez são apenas mais algumas das características que o definem enquanto pessoa.
ENTREVISTA